HOMENAGEM À SEU ZÉ PILINTRA

Seu Zé Pelintra, assim como outros guias que trabalham no Catimbó, trabalha também na umbanda.
No Catimbó ele é Mestre, e por ser uma entidade diferente das que são cultuadas na umbanda, ele não trabalha numa linha específica, porém, sua participação mais ativa seria na gira de baianos, exus e, em raros casos, pretos velhos. Seu pode aparecer, portanto, em qualquer gira, desde que seu trabalho seja realmente necessário.
Apesar de ser um espírito “boêmio”, “malandro” e brincalhão, este ente de luz, trabalha com seriedade e mesmo com a fama que possui, de beberrão, não é bem assim que as coisas funcionam.
Seu cobra muito de seus médiuns, cobra por seriedade, responsabilidade entre outras virtudes e é o primeiro guia que se afasta do médium quando este não segue seus conselhos e não adota a boa moral e conduta pregada por ele, ou seja, um “cavalo de Seu ”, deve  ser honesto, trabalhar com firmeza para o bem, para a caridade, não pode ser adúltero, beberrão, pois ele não admite isso de seu médium.
Muitos confundem, pois aquela imagem, de boemia, de adultério, de noitadas, jogos, prostituição, podem apenas ter sido passado dele, como eu disse, é um ente de luz que trabalha bem.
Na direita  dentro  da  Umbanda ele vem na linha de baianos e pretos velhos, fuma cigarro de palha, bebe batida de coco, pinga coquinhos ou simplesmente cachaça, sempre com sua tradicional vestimenta.Calça branca, sapato branco (ou branco e vermelho), seu terno branco, sua gravata vermelha, seu chapéu branco com uma fita vermelha ou chapéu de palha e finalmente sua bengala.
  Pilintra tem  muitas  características marcantes; uma é de ser muito brincalhão, gosta muito de dançar, principalmente Xaxado (Dança popular do sertão nordestino, cujo nome foi dado devido ao som do ruído que as sandálias dos cangaceiros faziam ao arrastarem sobre o solo durante as comemorações celebradas nos momentos de glória do grupo de “Lampião”, considerado entre outras denominações o “Rei do Cangaço)", gosta muito da presença de mulheres, gosta de elogiá-las, etc.
Outra é ficar mais sério,  parado num canto assim como sua imagem gosta de observar o movimento ao seu redor, mas sem perder suas características.
Agora quando ele vira a  banda  dele, a situação muda um pouco!!! (rsrs).
Seu   é  bastante conhecido seja por freqüentadores das religiões onde atua como entidade, seja por sua notável malandragem, Seu tem sua imagem reconhecida como um ícone, um representante, o verdadeiro estereótipo do malandro, ou porque não dizer, da malandragem brasileira e mais especificamente, carioca. Não raro, encontra-se  pessoas que o conhecem de nome e pela malandragem, mas não sabem que este é uma entidade do Catimbó e da Umbanda;  O fato é que a figura de Zé Pelintra, de uma forma ou de outra, permeia o imaginário popular da cultura brasileira e é retratada de diversas maneiras.
Seu torna-se famoso primeiramente no Nordeste seja como freqüentador dos catimbós ou já como entidade dessa religião. O Catimbó está inserido no quadro das religiões populares do Norte e Nordeste e traz consigo a relação com a pajelança indígena e os candomblés de caboclo muito difundidos na Bahia.
Conta-se que ainda jovem era um caboclo violento que brigava por qualquer coisa mesmo sem ter razão. Sua fama de “erveiro” vem também do Nordeste. Seria capaz de receitar chás medicinais para a cura de qualquer male, benzer e quebrar feitiços dos seus consulentes.
Já no Nordeste a figura de Zé Pelintra é identificada também pela sua preocupação com a elegância. No Catimbó, usa chapéu de palha e um lenço vermelho no pescoço. Fuma cachimbo, ao invés do charuto ou cigarro, como viria a ser na Umbanda, e gosta de trabalhar com os pés descalços no chão.
Não apartava nunca de uma peixeira de seis polegadas de aço puro que ganhara de um marinheiro inglês com o qual fizera amizade.
De acordo com resumos, histórias, lendas e  fatos contados, Seu migra para o Rio de janeiro onde se torna nas primeiras três décadas do século XX um famoso malandro na zona boêmia carioca, a região da Lapa, Estácio, Gamboa e  zona  portuária.
           
Segundo relatos históricos Seu era grande jogador, amante das  prostitutas e inveterado boêmio.
Quanto a sua morte, seria  difícil comentar sobre como esta teria acontecido. Afirma-se que ele poderia ter sido assassinado por uma mulher, um antigo desafeto, ou por outro malandro igualmente perigoso. Porém, o consenso entre todas essas hipóteses é de que fora atacado pelas costas, uma vez que pela frente, afirmam, o homem era imbatível!!!
Para  Pelintra a morte representou um momento de transição e de continuidade”, e passa a ser assim, incorporado à Umbanda e ao Catimbó como entidade “baixando” em médiuns em cidades e Países diversos que nem mesmo teriam sido visitadas pelo malandro em vida como Porto Alegre ou Nova York, Japão ou Portugal, por exemplo.
A gira de Zé Pelintra é muito alegre e com excelente vibração, e também disciplina é o que não falta. Sempre Zé Pilintra procura trabalhar com seus camaradas, e às vezes, por ser muito festeiro, gosta de uma roda de amigos para conversar, e ensinar o que traz do astral. Zé Pelintra atende a todos sem distinção, seja pobre ou rico, branco ou negro, idoso ou jovem.
Seu Zé Pelintra tem várias estórias da sua vida, desde a Lapa do Rio de Janeiro até o Nordeste.
Todavia, a principal história que seu Zé Pelintra quer escrever, é a da CARIDADE, e que ela seja praticada e que passemos os bons exemplos, de Pai para filho, de amigo para amigo, de parente para parente, a fim de que possa existir uma corrente inesgotável de Amor ao Próximo.
Zé Pelintra nasceu no nordeste, e veio para o Rio de Janeiro, onde se malandreou  na Lapa e um certo dia foi assassinado a navalhadas em uma briga de bar.
Assim, Zé Pelintra formou uma bela Falange de malandros de luz, que vêm ajudar aqueles que necessitam, os malandros são entidades amigas e de muito respeito, sendo assim não aceitamos que pessoas que não respeitam as entidades.
Podemos citar além de Seu Zé Pelintra, Seu Chico Pilintra, Cibamba, Zé da Virada, Seu Zé Malandrinho, Seu Malandro, Malandro das Almas, Zé da Brilhantina, João Malandro, Malandro da Madrugada, Zé Malandro, Zé Pretinho, Zé da Navalha, Dona 7 Navalha ou Dona Navalheta, Zé do Morro, Maria Navalhada e Maria Padilha etc.
Pedimos  muito  a proteção  de  Seu   Pilintra,  em  casos  de  justiça, (e outros  demais),  pois  como    dizem  os  antigos, ele  é o Doutor dos  Doutores  da lei;  pois  o  seu  diploma  de  faculdade  não veio  da  Terra  e  sim  dos  Céu!!!