AGUÊ
Aguê, o deus dos caçadores, teria sido o irmão caçula de Gun. Sua importância deve-se a diversos fatores.
O primeiro é de ordem material, pois, como Gun, ele protege os caçadores, torna suas expedições eficazes, delas resultando caça abundante.
O segundo é de ordem médica, pois os caçadores passam grandes parte do seu tempo na floresta, estando em contato frequente com Agué, divindade das folhas terapêuticas e litúrgicas, e aprendem com ele parte do seu saber.
O terceiro é de ordem social, pois normalmente é um caçador que, durante as suas expedições, descobre o lugar favorável à instalação de uma nova roça ou de um vilarejo. Torna-se assim o primeiro ocupante do lugar e senhor da terra ( Onilè ), com autoridade sobre os habitantes que aí venham a se instalar posteriormente.
O quarto é de ordem administrativa e policial, pois antigamente os caçadores ( Odé ) eram os únicos a possuir armas nos vilarejos, servindo também de guardas-noturnos ( òsó ).
Aguê é o deus da prosperidade, abundância, fartura. É o grande rei de Keto (segundo as lendas).
O culto de Aguê no Brasil, é muito frequente e abundante nos candomblés, tendo em suas mãos um Ofá (arco e fecha) forjado de metal, e um Elokerê ( rabo de cavalo ), suas danças são como se estivessem cavalgando em cima de um cavalo e seus passos tem o nome AGUERÊ.
Sua saudação é: OKÊ ARÔ! AROLÊ OKÊ ARÔ!!!
OKÊ ARÔ! AROLÊ OKÊ ARÔ!!!
AGUÉ
Agué é a divindade das plantas medicinais e litúrgicas.
A sua importância é fundamental, pois nenhuma cerimônia pode ser feita sem sua presença, sendo ele o detentor do Àse ( o poder ), imprescindível até mesmo aos próprios deuses.
O nome das plantas, a sua utilização e as palavras (ofò), cuja força desperta seus poderes, são os elementos mais secretos do ritual no culto aos deuses iorubás.
O símbolo de Agué é uma haste de ferro, tendo na extremidade superior, um pássaro em ferro forjado; esta haste é cercada por seis outras dirigidas em leque para o alto.
Agué é originário da cidade Offá. Conhecido também como BABÁ EWÊ ou BABÁ OFFÁ, seu culto está praticamente extinto na África, devido a escassez de florestas.
Por ser o Vodun das folhas e seus segredos medicinais, do ecossistema, da biodiversidade, da clorofila e do meio ambiente, adaptou-se totalmente no Brasil, sendo absoluto dono e protetor da região amazônica.
Agué está intimamente ligado ao Vodun IROKO, divindade da hemoglobina.
Não existe nenhuma feitura de santo nas Casas de Candomblé sem Agué, devidamente pelo Ato chamado SASANHA.
AGUÉ!!! EUASÁ OSSAIN!!!